As Origens do Sistema Penitenciário Brasileiro: uma análise sociológica da história das prisões do Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Luci Faria Pinheiro Universidade Federal Fluminense
  • Taíza da Silva Gama Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

história das prisões, sistema penitenciário, trabalho prisional

Resumo

O presente artigo busca recuperar a história das prisões, identificando os pressupostos sociais do sistema prisional brasileiro a partir da realidade do Estado do Rio de Janeiro. As formas de exploração e a política do trabalho carcerário também são analisadas, com base nos estudos de Goffman (2013) sobre a organização social e o processo de mortificação do “eu” em espaços de privação de liberdade. O estudo forneceu alguns elementos para a compreensão das relações sociais estabelecidas nas prisões modernas, concluindo que o cárcere se estruturou historicamente, sobre o modelo de fábrica, com o objetivo de transformar criminosos em proletários, dando suporte a superestrutura necessária à lógica burguesa.

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Biografia do Autor

Luci Faria Pinheiro, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1986), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (1991) e doutorado na Université Paris 8 (2002), é professora associada da Universidade Federal Fluminense, na Escola de Serviço Social e do quadro permanente do Programa de Estudos Pós-graduados em Política Social. Coordena o Grupo de Pesquisa Rede Interinstitucional de Pesquisadores em Movimentos Sociais, Democracia e Política Social na América Latina e Caribe e o Laboratório de Serviço Social, Movimentos Sociais e Novos Projetos Societários na América Latina. Entre seus projetos de pesquisa, destaca-se o pós-doutorado sobre "Democratização e Cotidiano na Evolução do Pensamento de Györge Lukács. Contribuições aos desafios da Prática Profissional e Organização Política dos Assistentes Sociais" (2016-2017) junto ao NEPEM-UFRJ.

Taíza da Silva Gama, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Política Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui graduação em Letras e em Direito. Atualmente é tutora presencial do curso de Tecnologia em Segurança Pública e Social, da Universidade Federal Fluminense. Possui experiência docente na UFF com as disciplinas de Pensamento Social e Ética, no curso de graduação em Serviço Social. Atua como pesquisadora da Associação Latino Americana de Ciência Política (ALACIP). Participa da Rede Interinstitucional de Pesquisadores em Política Social, Movimentos Sociais e Democracia na América Latina e Caribe, coordenada pela Profª Drª Lucí Faria Pinheiro, onde desenvolve pesquisas nas linhas: Desafios das relações entre Políticas Sociais, Estado, Movimentos Sociais e Democracia na América Latina e Caribe; e Questões Sociojurídicas, Direitos Humanos e formas de organização e lutas sociais. Na Universidade de São Paulo, participa do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação em Regimes de Privação da Liberdade - GEPÊPrivação. Tem experiência nas áreas de Educação, Ciências Sociais, Direito e Segurança Pública, atuando sobre os seguintes temas: Direitos Humanos, Educação Prisional, Sociologia da Educação, e Direito Penal.

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Publicado

2016-12-02

Como Citar

Pinheiro, L. F., & Gama, T. da S. (2016). As Origens do Sistema Penitenciário Brasileiro: uma análise sociológica da história das prisões do Estado do Rio de Janeiro. Sociedade Em Debate, 22(2), 157-190. Recuperado de https://rle.ucpel.edu.br/rsd/article/view/1438

Edição

v. 22 n. 2 (2016): Sociedade em Debate

Seção

Artigos