SOBRE A IN(TER)VENÇÃO “PSI” NO CAMPO SOCIAL

Resumo

Este ensaio constituiu-se a partir do esforço de reflexão crítica imposto à Psicologia, enquanto área disciplinar específica, a fim de responder às demandas e os desafios enfrentados no desenvolvimento das atividades de incubagem de cooperativas populares e autogestionáveis, da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (INTECOOP/UCPel). Discutindo e problematizando algumas questões referentes às práticas hegemônicas de intervenção no campo social, tradicionalmente desenvolvidas pelo psicólogo, as quais, fundamentadas em conceitos e pressupostos teóricometodológicos positivistas, consolidaram-se como um poderoso instrumento a serviço da dominação, atrevo-me propor uma (nova) metodologia. Inspirada nos mais recentes desenvolvimentos da Psicologia Social, particularmente, de origem latino-americana, bem como nas formulações teórico-metodológicas de Gilles Deleuze e Félix Guattari, proponho uma prática “psi” implicada e comprometida com in(ter)venções políticosubjetivas no campo social, a qual efetivamente constitui “uma clínica do social”.