A Produção do Espaço Abandonado

Autores

  • Eduardo Rocha

Palavras-chave:

arquitetura, representação, pós-estruturalismo, desconstrução

Resumo

Pensamos as arquiteturas do abandono a partir de espaços agenciados por sujeitos excluídos de uma arquitetura dita acadêmica, mas incluídos na vida da pólis. Entramos numa zona indistinta, onde interno e externo, público e privado, bios e zoé, se esfumam. Descobrimos que o abandonado é aquele colocado liberado ou desregrado. Arquiteturas são políticas, as arquiteturas do abandono são regidas por leis que não prescrevem, não são receitas. Projetar espaços para esses grupos é se entregar ao bando, é colocar-se no mundo, representar-se. É preciso que a universidade se pergunte a quem representa? E com isso volte seu olhar para a periferia que a rodeia, não seja apenas uma máquina de fragmentos, de retalhos. Ler a cidade a partir de suas arquiteturas do abandono é olhar a vida nua e o poder soberano unidos em uma só representação. É a representação do múltiplo, das multidões, não das minorias, das exceções.

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Biografia do Autor

Eduardo Rocha

Arquiteto e urbanista, especialista em artes e mestre em educação. Atualmente é doutorando em arquitetura pelo Programa de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura (PROPAR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

2012-07-12

Como Citar

Rocha, E. (2012). A Produção do Espaço Abandonado. Sociedade Em Debate, 12(1), 199-222. Recuperado de https://rle.ucpel.edu.br/rsd/article/view/443