Sobre o conceito de Aporofobia: uma ética para tolerar a pobreza?
DOI:
https://doi.org/10.47208/sd.v29i1.3300Palavras-chave:
desigualdade social; democracia; classes sociais; aporofobia; pobrezaResumo
O livro aborda tema em destaque na atualidade, especialmente no Brasil, com a chegada de muitos imigrantes vindos de países latinoamericanos e caribenhos que atravessam profundas crises econômicas, sociais e políticas. Estes imigrantes sofrem com práticas discriminatórias que, na visão da autora, distinguem-se de atitudes xenófobas, pois não se tratam apenas de práticas que rejeitam o estrangeiro, mas rejeitam sobretudo o imigrante pobre que buscam trabalho e condições de vida melhores do que aquelas às quais estavam submetidos em seus países de origem. Destaca e analisa criticamente os principais pontos tratados pela autora, a exemplo da proposta de "biomelhoramento moral" que aponta para a potencialidade de a ciência contribuir com seus dispositivos tecnológicos (medicamentos, implantes, genética, etc.) para incrementar o trabalho da educação em seu propósito de melhorar valores morais e éticos dos indivíduos. Traz para o debate aspectos polêmicos trazidos pela autora do neologismo "aporofobia", eleito o termo do ano de 2017, como por exemplo, a hipótese da natureza biológica do cérebro aporófobo.
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