O adoecimento da classe trabalhadora sob a égide do princípio do negociado sobre o legislado
DOI:
https://doi.org/10.47208/sd.v27i3.3057Palavras-chave:
Trabalho. Contrarreforma Trabalhista. Saúde da Classe Trabalhadora.Resumo
No presente artigo são problematizadas questões relativas à saúde da classe trabalhadora considerando o advento da contrarreforma trabalhista, expressa particularmente por meio da Lei n.º 13.467/2017. Tem como objetivo apresentar reflexões sobre os impactos do conjunto de alterações e inovações instituídas pela referida contrarreforma, cujo princípio orientador foi o da prevalência do negociado sobre o legislado. As fontes de pesquisa foram instrumentos de negociações coletivas celebradas entre trabalhadores e empregadores em Santa Catarina a partir de 2018, essencialmente aqueles registrados no Sistema de Negociações Coletivas de Trabalho, administrado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. As informações coletadas permitem afirmar que sob a égide do negociado sobre o legislado a saúde dos trabalhadores é negativa e intensamente afetada, tendo em vista as condições e relações de trabalho instituídas.
Downloads
Referências
ALVES, Giovanni. Trabalho e sindicalismo no Brasil dos anos 2000: dilemas da era neoliberal. In: ANTUNES, Ricardo (org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006.
ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
BRASIL. Lei n.º 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n.º 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm>. Acesso em: 9 out. 2021.
CARDOSO, Ana Claudia Moreira; LIMA, Claudia Rejane de. A negociação coletiva e as possibilidades de intervenção nas situações de risco à saúde no trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, [s. l.], v. 45, ed. 2, p. 1-11, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/MsY5LTzXJmqJ7TGmZ7xTNsq/?lang=pt. Acesso em: 11 out. 2021.
CASTELO, Rodrigo. O novo desenvolvimentismo e a decadência ideológica do pensamento econômico brasileiro. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 112, p. 613-636, out./dez. 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sssoc/a/XzjDStRDdJQGpLFBJPZCfQK/?lang=pt>. Acesso em: 14 out. 2021.
HEINEN, Vicente Loeblein. Balanço do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda em Santa Catarina. Revista NECAT, Florianópolis, ano 2020, v. 9, n. 18, p. 38-58, 2020. Disponível em: https://www.nexos.ufsc.br/index.php/revistanecat/article/view/4658/3547. Acesso em: 14 out. 2021.
KREIN, José Dari; ALVES, Ana Cristina. O banco de horas: a consolidação da flexibilização da jornada de trabalho. In: KREIN, José Dari et al, (org.). O trabalho pós-reforma trabalhista (2017). 1. ed. São Paulo: CESIT - Unicamp, 2021. v. 2, cap. 13, p. 729-766. ISBN 978-65-994461-0-8. Disponível em: https://www.cesit.net.br/lancamento-o-trabalho-pos-reforma-trabalhista-28-6/. Acesso em: 14 out. 2021.
LARA, Ricardo. Saúde do trabalhador: considerações a partir da crítica da economia política. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 78-85, jan./jun. 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rk/a/Czdx3sGRxBwP3QjS3Dvhnpp/?lang=pt>. Acesso em: 14 out. 2021.
MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.
MÉSZÁROS, István. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.
______. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002.
NETTO, José Paulo. Capitalismo e barbárie contemporânea. Revista Argumentum, Vitória (ES), v. 4, n.1, p. 202-222, jan./jun. 2012. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/argumentum/issue/view/177>. Acesso em: 10 dez. 2021.
SALAS, Carlos. Subsídios para a discussão sobre a reforma trabalhista no Brasil: Texto de discussão n. 1 “Experiências internacionais”. Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho. Campinas (CESIT): UNICAMP, 2017. Disponível em: <http://www.cesit.net.br/wp-content/uploads/2017/11/Texto-de-Discuss%C3%A3o-1-Experiencias-internacionais.pdf>. Acesso em: 14 maio 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jaime Hillesheim

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.