Humanização no cuidado ao idoso na unidade de terapia intensiva: uma reflexão importante no contexto da pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47208/sd.v28i1.2925

Palavras-chave:

Idoso. Humanização da Assistência. Unidades de Terapia Intensiva. Pandemia.

Resumo

O aumento da longevidade se associa a uma maior prevalência de doenças crônicas, bem como um maior risco para as doenças infectocontagiosas, que elevam o número de hospitalizações. O momento da internação é particularmente estressante para a pessoa idosa, sobretudo na Unidade de Terapia Intensiva. Surge então, a necessidade da prestação de um cuidado humanizado, traduzindo-se na junção de tecnologias de manutenção da vida e o fator humano ao considerar a dimensão biopsicossocial do paciente e sua família. O presente trabalho representa um estudo teórico, de caráter bibliográfico, que buscou pesquisar indicadores que dificultam ou facilitam a prestação de cuidado humanizado pela equipe hospitalar em ambientes de UTI no contexto da pandemia da COVID-19. Concluiu-se que o atendimento humanizado proporciona bem-estar físico e emocional às pessoas envolvidas. Como fatores facilitadores da humanização, destacam-se a comunicação eficaz e o acolhimento ao idoso e seus familiares. Contudo, alguns entraves dificultam que esse processo se concretize, tais como: estrutura física, sobrecarga da equipe e má remuneração, além do horário de visita restrito ou ausente, decorrente da pandemia. Faz-se necessário, portanto, um planejamento de ações em saúde destinadas aos idosos, visando prestá-las de maneira integral e humanizada.

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Biografia do Autor

Marina Carneiro Dutra, Universidade Católica de Brasília

Graduada em Fsioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - PB (2011). Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela Universidade Católica de Brasília (2018). Mestre em Gerontologia pela Univerdade Católica de Brasília (2014). Doutoranda em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília.

Júlio César Guimarães Freire, Universidade Federal da Paraíba

Fisioterapeuta, pós-graduação (lato sensu) em Gestão em Saúde (UEPB) e Atenção à Saúde do Idoso (HULW/UFPB); discente do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família – Mestrado (RENASF/UFPB), Campus I, João Pessoa-PB.

Geraldo Eduardo Guedes de Brito, Universidade Federal da Paraíba

Professor Adjunto IV do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e atual coordenador do curso de graduação em Fisioterapia desta IES. Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2003), mestre em Saúde da Família pela UNESA (2007) e doutor em Saúde Pública pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - FIOCRUZ/PE . 

Gustavo Azevedo Carvalho, Universidade Católica de Brasília

Graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica de Petrópolis (1991), Especialização em Fisioterapia Clínica ( 1998), Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília- UnB (1999) e Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília- UnB (2003). Professor da Universidade Católica de Brasília desde 1997, atuando como docente na graduação dos cursos da área da saúde e professor e orientador do programa de Mestrado e Doutorado em Gerontologia. 

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Publicado

2022-05-24

Como Citar

Carneiro Dutra, M., César Guimarães Freire, J., Guedes de Brito, G. E., & Azevedo Carvalho, G. (2022). Humanização no cuidado ao idoso na unidade de terapia intensiva: uma reflexão importante no contexto da pandemia. Sociedade Em Debate, 28(1), 155-170. https://doi.org/10.47208/sd.v28i1.2925